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Reencarnação: a vida após a morte

É difícil acreditar que a vida cessa completamente após a morte.

Durante a jornada na Terra, a nossa mente e consciência são submetidas a muitos acontecimentos e aprendizados, fazendo com que nos tornemos pessoas cada vez mais evoluídas e melhores.

Nessa concepção, não há lógica em findar toda a nossa bagagem de experiências e ensinamentos juntamente com a morte da nossa estrutura corpórea.

A reencarnação vem como a crença de que existe vida após a morte, com a ocupação de nossa alma em novos corpos físicos.

No artigo “Processo de mumificação: entenda esse procedimento histórico”, explicamos como os povos antigos preservavam a estrutura de seus entes queridos, assim como o artigo “O que é a taxidermia?” também expõe uma técnica bastante similar.

A reencarnação é estudada e compreendida por diversos pontos de vista, de acordo com as religiões existentes, as quais iremos abordar no decorrer deste artigo.

O que é a reencarnação?

O processo de reencarnação consiste em uma nova ocupação de um espírito, alma, mente, consciência ou qualquer outro aspecto imaterial do nosso existir, em um corpo físico, uma vez que ocorre a morte do corpo que estava habitando.

Reencarnar significar entrar em carne novamente, e, nessa linha de raciocínio, o espírito de um indivíduo nunca morre, passando a habitar outros corpos, em um ciclo de sucessivas vidas.

Na reencarnação, há, então, a crença de que existe vida após a morte, uma vez que a alma passa a ocupar outro corpo.

Na passagem de uma vida para outra, acredita-se que a matéria intangível evolui e aprende, se tornando iluminada.

A fé na vida após a morte já acompanha a humanidade há milhares de anos. Nossos antepassados já aplicavam técnicas de conservação de corpos com a principal finalidade de que as almas pudessem retornar a eles.

A principal base da reencarnação nasceu junto das religiões, que, atualmente, possuem suas crenças bem definidas e em constante evolução.

A reencarnação espírita

No Espiritismo, há a crença de que todas as almas são ignorantes e simples, sujeitas a erros e acertos, ao bem e ao mal.

A religião acredita que os espíritos permanecem no ciclo de reencarnação, até que atinjam o conhecimento e evolução que necessitam.

Basicamente, há três razões para que os espíritos habitem novas vidas corpóreas:

  • Missão: ocorre quando a alma necessita reabitar um corpo, pois há uma tarefa a cumprir na Terra. A missão é conferida somente a uma minoria de espíritos;
  • Provação: ocorre quando o espírito necessita voltar a um corpo, para provar que já está apto a vencer os obstáculos da vida;
  • Expiação: ocorre quando o espírito é reencarnado para pagar os débitos adquiridos em vidas passadas, e é a principal razão da maioria das reencarnações. É uma forma de “castigo” dado àqueles que tiveram mal comportamento frente as Leis Divinas.

Segundo a crença espírita, as almas devem reencarnar sucessivas vezes, pois estão em evolução constante. Ao final de cada vida, é possível avaliar o crescimento espiritual, e decidir se a alma permanecerá no plano espiritual, ou se retornará à vida na Terra. 

A reencarnação budista

Para os budistas, a morte não cessa a existência de um indivíduo.

Conforme a religião, quando chega o final da vida, a mente se desprende do corpo físico, com o fim de habitar outro corpo.

Após a morte, a alma passa por diversas fases de transição, até poder renascer em outro corpo. Nessas transições, é possível que os mortos alcancem a iluminação, quando, então, eles descobrem a natureza verdadeira da mente.

Porém, nem todas as pessoas que morrem conseguem alcançar a iluminação, o que as faz serem submetidas a todo o processo de transição, até que consigam, então, renascer.

O renascimento de cada indivíduo será determinado pelo seu carma, ou seja pelo conjunto de ações, pensamentos e palavras do ser humano, sejam eles positivos ou negativos.

Dessa forma, dependendo do carma do indivíduo, ele renascerá em reinos distintos:

  • Reinos inferiores: como é o caso do reino dos infernos, o reino dos fantasmas famintos ou o reino dos animais; ou
  • Reinos superiores: como é o caso do reino dos semideuses, o reino dos deuses e o reino dos seres humanos.

O renascimento mais desejado pelos budistas é o do reino dos seres humanos, pois significa que o indivíduo possui condições para criar méritos e situações positivas, ao mesmo tempo em que tem consciência do sofrimento ocasionado pelos venenos da mente, sendo capaz de ter compaixão pelos seus semelhantes.

A reencarnação hinduísta

O Hinduísmo, principal religião da Índia, também crê na reencarnação.

Para os hinduístas, as almas se reencarnam, principalmente, pelo fato de seus desejos não terem sido totalmente satisfeitos nesta ou em outras vidas.

Esses desejos incluem buscas terrenas, como prazer, bem-estar e virtude. Somente quando o indivíduo abandona todas as buscas e desejos é que se liberta do ciclo de reencarnação, não precisando mais suportar a dor e o sofrimento da vida na Terra.

Alguns fatos difíceis de explicar ou entender, segundo a religião, são justificados pela reencarnação, não podendo ser somente esclarecidos por genética ou hereditariedade. Crianças dotadas de dons incomuns, por exemplo, têm o significado baseado na experiência que já viveram em vidas passadas.

A religião tem a reencarnação sustentada em evidências próprias, que são constituídas, basicamente, por indivíduos que recordam os fatos de outras vidas e pelo testemunho das escrituras e dos santos. 

A vida eterna

Qualquer que sejam suas crenças ou religião, é comum a quase todas delas a busca pela vida eterna.

Seja em terras divinas, ou em terras humanas, a vida após a morte é uma convicção que acompanha os seres humanos há milhares de anos.

Cabe a cada um de nós abraçar as nossas crenças e respeitar cada uma das outras existentes, pois, seja por meio da reencarnação ou pela vida nos Céus, em todas elas há o objetivo principal de perpetuar a nossa existência.

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